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Grandes regiões metropolitanas apresentam uma série de oportunidades e histórias comunicacionais incríveis. Regiões como a grande SP, grande Rio ou grande BH são assim!
Contudo, a expressiva e grandiosa capacidade humana brasileira possui outros polos comunicacionais importantíssimos. Um deles, a cidade de Santos no litoral do estado de São Paulo e sua região.
E para conhecer uma cidade histórica como Santos, nada melhor do que uma entrevista com um comunicador de respeito e, também, com uma história grandiosa. Gustavo Zanaroli tem 48 anos, nasceu em Santos, casado, com uma filha e já desenvolve trabalhos com comunicação há quase 30 anos.
Quem é Gustavo Zanaroli?
Jornalista há quase trinta anos, atuei em emissoras locais, desde a produção até a gestão. Também atuei como editor na TV Globo, em São Paulo.
Você possui experiência com comunicação e TV há mais de 20 anos. Como foram esses anos?
Foram anos de muitas transformações. Começamos ainda na era analógica, onde a rotina de uma redação era muito diferente. A tecnologia ajuda muito, mas também impõe conceitos éticos, que precisam ser observados sempre.
Como é a comunicação na cidade de Santos-SP?
Enfrenta desafios comuns ao jornalismo regional. Em TV, temos afiliadas de todas as grandes redes, o que se traduz numa boa variedade para informação. E ainda o crescimento dos portais de notícias. Inclusive os segmentados, principalmente na área de Portos e Transportes.
Nestas últimas décadas, a comunicação e, principalmente, os meios de comunicação tiveram de mudar muitas características estéticas e técnicas. Na sua opinião, melhorou ou piorou?
É difícil falar se melhorou ou piorou. É uma nova fase, como tantas mudanças na história. Hoje a comunicação não pertence apenas ao jornalista ou comunicador. É aberta para todos. Isso é bom. Mas também leva a problemas, como as notícias com pouca checagem. Um desafio é lidar com tudo isso.
Você trabalhou por mais de 16 anos como chefe de redação na TV Tribuna. Como foi esse trabalho com tantos anos de experiência?
Foi um período de muito aprendizado, tanto no lado pessoal como profissional. De aperfeiçoamento, com todas as transformações passadas pela comunicação nos últimos anos. E também de desafios. O mais importante é estar a frente sempre do que está por vir.
A cidade de Santos-SP possui uma importância geográfica e histórica para o estado de SP. Contudo, finais de ano em regiões litorâneas são sempre regradas por acúmulos de pessoas e festas. Como é viver essa fase anual numa cidade como essa?
Nos últimos 20 anos, a cidade passou por uma transformação, com crescimento no setor de serviços, principalmente. O turismo também se modificou, com mais pessoas buscando temporadas e não apenas o fim de semana. Em datas específicas, o aumento populacional é expressivo. Mas a infraestrutura da cidade está cada vez mais preparada para receber esse fluxo de pessoas.
Muitos radialistas passam anos tentando conseguir um emprego nas rádios de São Paulo-SP. Como estão as ofertas de emprego na comunicação no litoral paulista?
O setor passa por momentos de desafios e mudanças. E em momentos de transição, sempre existe uma dificuldade, até a acomodação. Como em outros locais, existe uma transição. Mais jornalistas caminhando para o mercado online, enquanto TV, rádios e principalmente a mídia impressa se adaptam a esse novo modelo.
Você ouve muito Rock? Quais suas bandas preferidas?
Sim. Mas costumo dizer que parei no tempo. Ainda ouço muito bandas antigas, como Black Sabbath e Iron Maiden. E claro. O Sepultura. E bandas que surgiram nas décadas de 80 e 90: Manowar, Blind Guardian, Stratovarius, Dream Theater. Mas não tenho acompanhado as bandas mais recentes.
Gustavo, você se formou em jornalismo na década de 1990. Hoje, há uma guinada muito grande nos trabalhos jornalísticos, como por exemplo, uma excessiva quantidade de empregos relacionados às redes sociais. Estamos em crise com a área do jornalismo?
Como eu falei. É uma transformação, que passa por um freio de arrumação. Por mais que a oferta de informação seja muito ampla, ainda vale a credibilidade. Mas temos que encarar de frente essas mudanças.
Mesmo diante de tantas experiências e conhecimento, o que você ainda não realizou na comunicação e possui vontade ou mesmo um sonho? Há algo que ainda não realizou nessa área?
Meu sonho é trabalhar com documentários. Mas gosto muito do jornalismo diário, e acredito que ainda tenho pique para mais anos nessa área.





