COLUNAS

por Eduardo Lima

Recentemente, Lobão voltou a provocar controvérsias ao criticar severamente o Heavy Metal durante uma entrevista, chamando o gênero de “degenerescência” e afirmando que ele se afastou das raízes do Rock e se tornou um som branco, sem swing ou autenticidade.

É notório que Lobão sempre apresentou opiniões fortes e críticas contundentes sobre vários assuntos; como, também, sobre política.

Você aceitando ou não, Lobão está certo. Ele não está certo em dizer que o Metal é ruim ou que “tenha se desvirtuado”... Mas ele está certo! E este certo pode e deve ser entendido de forma irônica; principalmente pela conjuntura intelectual e comunicacional da nossa atualidades.

Hoje, qualquer pessoa consegue expor pensamentos sem base teórica. Qualquer pessoa desenvolve “posts” sobre qualquer assunto sem ao menos conhecer algum estudo ou estudioso deste mesmo tema. Nos dias atuais, qualquer pessoa se torna um “especialista” só pelo fato de ouvir falar sobre algo e acreditar que uma mera opinião baseada em repetições se torna “expressão da verdade” e “exemplo crítico”.

Mas Lobão está certo... Logo ele, um músico de renome, que fez parte da maior geração do Rock brasileiro (anos 80!) com álbuns e canções históricas... Lobão está certo!

E, nesta onda de falácias, regradas pelo imediatismo e pela falta de conhecimento criterioso, alguém com o currículo musical de Lobão tem todo o direito de falar o que quiser sobre o que quiser sobre música.

Logo, hoje, Lobão está certo!

Errado é quem estuda, jornalisticamente, o Heavy Metal e sabe que se trata de um movimento musical com mais de 50 anos de história “pesada” (em todos os sentidos!) e que se remodelou muito nos anos 80, 90 e 2000; claro, a mescla do Metal com estilos como o Rap provam suas nuances com caminhos diversos (lembra do Nu Metal?).

Mas Lobão está certo! Errado, é o Iron Maiden; ao lado de Black Sabbath, Judas Priest, Metallica e mais alguns outros, são seminais legendas do Metal, do Rock e da música...

Lobão está certo! De novo...