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A banda Charlie Brown Jr. foi uma das mais influentes do cenário musical brasileiro, especialmente entre os jovens das décadas de 1990 e 2000. Com um estilo único que misturava Rock, Rap, Hardcore E Reggae, o grupo conseguiu expressar as angústias, rebeldias e sonhos da juventude urbana. Suas letras abordavam temas como amizade, problemas sociais, amor, Skate e identidade, se tornando um reflexo da realidade de muitos brasileiros. Liderada por Chorão, vocalista carismático e controverso, a banda conquistou uma legião de fãs e se tornou símbolo de atitude e autenticidade. Além da inovação musical, o Charlie Brown Jr. também teve papel importante na valorização da cultura de rua no Brasil. Suas músicas continuam sendo ouvidas por novas gerações, mantendo viva a mensagem de resistência e liberdade. A banda recebeu vários prêmios e marcou presença em grandes festivais, consolidando seu legado. Mesmo após a morte de Chorão, seu impacto cultural permanece relevante. Charlie Brown Jr. é lembrado não apenas pela música, mas por ter dado voz a uma geração.

1992 - Em Santos, Alexandre Magno Abrão, o Chorão, funda o embrião do Charlie Brown Jr., após deixar o skate profissional. Nesse ano, começa a reunir músicos locais com influências diversas, o que já prenunciava a sonoridade plural da banda. Foi um período de descobertas e união, em que Chorão e os integrantes buscavam um propósito coletivo no cenário musical.

 

1993 - A banda ainda estava em fase de estruturação, mas já enfrentava os primeiros desafios de convivência e de definição artística. Chorão, sempre muito intenso, começava a se destacar como o líder incontestável, tanto criativamente quanto na postura frente ao grupo, o que viria a causar tensões futuras.

 

1994–1996 - Foram anos de amadurecimento musical e de formação da primeira grande base da banda: Chorão, Champignon, Marcão, Renato Pelado e Thiago Castanho. As relações pessoais ainda eram sólidas, marcadas por amizade e o sonho comum de “vencer no rock”. Foi uma fase de ensaios intensos e proximidade entre os integrantes.

 

1997 - O lançamento do álbum Transpiração Contínua Prolongada trouxe fama repentina, alterando as dinâmicas pessoais da banda. Chorão se tornava cada vez mais central, e embora o sucesso unisse o grupo, o peso da exposição e das turnês começava a gerar desgastes.

 

1998–1999 - Durante as gravações de Preço Curto... Prazo Longo, começaram os primeiros sinais de atrito entre Chorão e alguns integrantes, principalmente devido ao temperamento forte do vocalista. Ao mesmo tempo, a amizade entre Chorão e Champignon ainda era sólida, sendo quase uma relação de pai e filho, como muitos descreviam na época.

 

2000 - Com Nadando com os Tubarões, a pressão artística aumentou, e as tensões se acirraram nos bastidores. Chorão começava a se isolar mais, e problemas de ego e diferenças de visão musical surgiam. Apesar disso, o grupo ainda mantinha sua formação principal e seguiam juntos nos palcos.

 

2001 - Thiago Castanho deixa a banda por não se adaptar ao estilo de vida da estrada e aos conflitos internos. A saída dele marca o início de uma fase de instabilidade emocional dentro da banda. Chorão começa a se tornar mais fechado, e os desentendimentos se intensificam com os demais.

 

2002 - Apesar de lançar o aclamado Bocas Ordinárias, nos bastidores a convivência entre os integrantes se deteriorava. Os conflitos entre Chorão e Champignon se tornavam mais visíveis, embora ambos ainda demonstrassem afeto mútuo publicamente.

 

2003 - O sucesso do Acústico MTV mascara uma grave crise interna. As tensões entre Chorão e os demais membros chegam ao limite. Pouco tempo depois, Champignon, Marcão e Pelado deixam a banda, rompendo uma amizade de anos. Chorão fica profundamente abalado, embora siga com a banda e novos músicos.

 

2004 - Mesmo com a nova formação e o sucesso de Tamo Aí na Atividade, Chorão demonstrava sinais de cansaço emocional. Isolado dos antigos companheiros, ele se aprofundava em suas composições como forma de desabafo, ao mesmo tempo em que surgiam boatos sobre seu envolvimento com drogas.

 

2005 - Durante as gravações de Imunidade Musical, Chorão tenta consolidar a nova fase, mas claramente sente falta da química original. O distanciamento de Champignon ainda é motivo de sofrimento, embora ambos evitem comentar diretamente sobre o assunto na imprensa.

 

2007 - Chorão lança Ritmo, Ritual e Responsa como trilha para o filme O Magnata, escrito por ele. O projeto pessoal revela a necessidade do vocalista de se expressar de outras formas, buscando reconhecimento além da música. Internamente, ele continuava lidando com a solidão e vícios crescentes.

 

2009 - Camisa 10 Joga Bola Até na Chuva marca um breve momento de estabilidade. Chorão estava mais centrado, mas ainda afetado emocionalmente. O disco traz letras mais sensíveis e introspectivas, refletindo sua luta contra a depressão e a busca por paz.

 

2011 - A volta de Champignon e Marcão à banda reacende a esperança dos fãs e representa uma tentativa de reconciliação emocional. Nos bastidores, as relações ainda estavam fragilizadas, mas havia respeito e desejo mútuo de reconstrução. No entanto, antigos conflitos voltam a emergir.

 

2013 - Em março, Chorão é encontrado morto em seu apartamento, vítima de overdose de cocaína. Sua morte abala profundamente os fãs e principalmente Champignon, que, mesmo tendo se reconciliado com o amigo, vivia atormentado por críticas e pressões. Em setembro, seis meses depois, Champignon comete suicídio. O álbum La Familia 013, lançado postumamente, se torna uma despedida amarga e poética de uma banda cuja trajetória foi marcada por genialidade, amor, conflitos e tragédias.

(1997) Transpiração Contínua Prolongada

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O debut do Charlie Brown Jr., Transpiração Contínua Prolongada (1997), marcou ao fundir elementos de Punk Rock, Rap, Reggae E Skate Culture. Com letras que retratam o cotidiano da juventude urbana, a busca por identidade e o espírito rebelde, faixas como “Proibida Pra Mim” e “O Coro Vai Comê!” se tornaram hinos de uma geração. Este trabalho apresentou a voz inconfundível de Chorão e a sonoridade única da banda, conquistando rapidamente um público fiel.

(1999) Preço Curto... Prazo Longo

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Com produção mais refinada e letras ainda mais afiadas, o 2º álbum Preço Curto... Prazo Longo (1999) consolidou o sucesso do grupo. Canções como “Zóio De Lula”, “Te Levar” e “Confisco” revelaram a versatilidade da banda e sua habilidade em misturar gêneros. Este álbum também aprofundou questões existenciais, relações pessoais e críticas sociais, mostrando um Charlie Brown Jr. mais maduro, sem perder a atitude contestadora.

(2000) Nadando Com Os Tubarões

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O 3º álbum, Nadando Com Os Tubarões (2000), trouxe um som mais pesado e agressivo, com influências marcantes de Hardcore e Nu Metal. As letras tematizam resistência, enfrentamento e superação, refletindo um momento mais tenso da banda. Músicas como “Rubão, O Dono Do Mundo” e “Não É Sério” (com participação de Negra Li) evidenciam esse equilíbrio entre crítica social e reflexão pessoal. O álbum reafirma a identidade da banda no cenário do Rock nacional.

(2001) 100% Charlie Brown Jr. - Abalando A Sua Fábrica

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Com o álbum 100% Charlie Brown Jr. - Abalando A Sua Fábrica (2001), uma sonoridade mais técnica e arranjos elaborados (em parte, graças à produção de Carlo Bartolini), nova fase criativa para a banda. Chorão aprofunda suas letras com temas sobre autenticidade, hipocrisia social e conflitos internos. E canções como “Hoje Eu Acordei Feliz” e “Lugar Ao Sol” demonstram amadurecimento lírico e musical, conquistando ainda mais espaço nas rádios e na cena alternativa.

(2002) Bocas Ordinárias

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Produzido pelo ex-guitarrista Tadeu Patolla, Bocas Ordinárias (2002) é considerado um dos discos mais bem produzidos da banda. E ampliou o alcance da banda ao equilibrar peso e melodia. Canções como “Só Por Uma Noite”, “Papo Reto” e “Como Tudo Deve Ser” capturam a essência do estilo Charlie Brown Jr., com letras diretas e sonoridade pulsante. E esse álbum também reforçou a capacidade da banda de falar com diferentes públicos, mantendo sua originalidade.

(2003) Acústico MTV: Charlie Brown Jr.

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O 1º e único álbum ao vivo do Charlie Brown Jr. foi seu passo dentro da estética acústica que a MTV brasileira desenvolveu com tanto sucesso. E o álbum Acústico MTV: Charlie Brown Jr. (2003) não foi diferente! Representou um marco emocional e artístico na carreira da banda adaptando seus maiores sucessos ao formato acústico e revelando uma nova camada de sensibilidade e musicalidade. Com arranjos refinados e participações especiais como Marcelo D2, Marcelo Nova, Negra Li e RZO, Acústico MTV: Charlie Brown Jr. apresentou um lado mais introspectivo e acessível, sendo um sucesso de crítica e público, além de aproximar ainda mais a banda de seus fãs.

(2004) Tamo Aí Na Atividade

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Mesmo diante de mudanças na formação da banda, o álbum Tamo Aí Na Atividade (2004) manteve a essência combativa e questionadora do grupo. Chorão aborda temas como perseverança, desafios pessoais e o papel do artista na sociedade. Canções como “Champanhe E Água Benta” e “Tamo Aí Na Atividade” reforçam a identidade do Charlie Brown Jr. como voz da juventude inconformada.

(2005) Imunidade Musical

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Com um som mais encorpado e uma produção ambiciosa, Imunidade Musical (2005) traz uma grande diversidade musical, indo do Rock pesado ao Reggae, passando por Rap e baladas. As letras falam sobre superação, espiritualidade e críticas à hipocrisia. Destaques como “Lutar Pelo Que É Meu” e “Ela Vai Voltar (Todos Os Defeitos De Uma Mulher Perfeita)” mostram o alcance emocional e a consistência artística da banda.

(2007) Ritmo, Ritual E Responsa

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Lançado em conjunto com o filme “O Magnata”, roteirizado por Chorão, o álbum Ritmo, Ritual E Responsa (2007) segue a proposta de experimentar sonoridades e narrativas mais cinematográficas, refletindo sobre a fama, o ego e os dilemas da juventude urbana. Faixas como “Pontes Indestrutíveis” mostram um lado mais introspectivo e poético do vocalista.

(2009) Camisa 10 Joga Bola Até Na Chuva

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Vencedor do Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock Brasileiro, o álbum Camisa 10 Joga Bola Até Na Chuva (2009) marca uma das fases mais maduras do Charlie Brown Jr. Misturando peso e sensibilidade, o álbum apresenta hits como “Me Encontra” e “Só Os Loucos Sabem”, que se tornaram clássicos modernos do Rock nacional. A obra equilibra críticas sociais com reflexões pessoais, evidenciando o talento de Chorão como letrista e líder carismático.

(2013) La Familia 013

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Lançado postumamente após a morte de Chorão, o álbum La Familia 013 (2013) é um testamento emocional da trajetória da banda. As letras carregam um tom de despedida e introspecção, tratando de temas como lealdade, superação e redenção. Músicas como “Meu Novo Mundo” e “Rock Star” soam como cartas abertas ao público e aos próprios integrantes, encerrando com dignidade e força a história de uma das bandas mais marcantes do Rock brasileiro.

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