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"Bohemian Rhapsody", lançada em 1975 no álbum A Night At The Opera, é a canção mais ambiciosa do Queen e exemplo máximo da ousadia do Rock dos anos 70. Escrita por Freddie Mercury, mistura elementos de ópera, Classic Music, balada, Hard Rock e POP, em uma estrutura de seis minutos sem refrão. Sua inovação conquistou tanto fãs do Progressive Rock, quanto o público mainstream.

Mercury a descreveu como uma “ópera falsa”, formada a partir da união de três canções que havia escrito. A gravação foi complexa, exigindo quase 200 faixas em fitas de 24 canais, distribuídas em cinco estúdios. A letra inclui referências a figuras como Scaramouche, Galileu, Fígaro e Belzebu, misturando humor e drama em um enredo simbólico. A parte operística, com refrãos grandiosos e passagens sarcásticas, tornou-se um marco no gênero.

A recepção inicial foi dividida, mas com o tempo a obra passou a ser reconhecida como uma das maiores canções da história. O videoclipe inovador ajudou a popularizar o formato promocional na música. Em várias listas, aparece entre as melhores de todos os tempos. A performance vocal de Mercury foi eleita pelos leitores da revista Rolling Stones como a melhor da história do Rock.

O sucesso também se refletiu nas paradas: nove semanas no topo do Reino Unido, milhões de cópias vendidas pelo mundo e renovações de popularidade com os filmes Wayne’s World (1992) e Bohemian Rhapsody (2018). Tornou-se a música mais transmitida do século XX, certificada como diamante nos EUA e incluída no Registro Nacional de Gravações em 2022, consolidando seu status cultural e histórico.​